No
início do século XVIII, a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das
quais foi doada a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser tempos
depois, o avô do poeta Antônio Frederico de Castro Alves (Castro Alves). O
donatário em causa, para colonizá-la, procurou pessoas de recursos nos mais
diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição
de nelas iniciarem plantações, construírem moradias e currais.
Coube
ao Capitão-Mor Antônio Brandão Pereira Marinho Falcão, participando das
primeiras destas penetrações estabelecer a construção da casa-sede da Fazenda
Curralinho, no local onde se ergueu a cidade, na nascente do Rio Jaguaripe, à
margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana. Do desbravamento
das matas coube investimentos na plantação de cana-de-açúcar, construções de
engenhos e da criação de gado. Estabeleceu, assim, o aldeamento que era
conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo.
Não
foi fácil realizar a sua missão, pois ele teve que suportar grandes combates
com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás, que assolavam a
povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos
gentios citados, no entanto, sabe-se, por tradição, que o seu último chefe
Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista. Muito influiu no
progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiros que
viajavam de São Félix e de outras localidades do Recôncavo para as Minas do Rio
das Contas e adjacências e Estado de Minas Gerais.
A
capela existente na fazenda foi criada, pela Resolução provincial nº 1334 de 28
de junho de 1873, depois elevada à condição de freguesia, sob a invocação de
Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Pela Lei provincial de nº 1987, de 26
de junho de 1880 foi o Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à
categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antônio de Araújo Aragão
Bulcão, criou o Município de Curralinho, desmembrado de Cachoeira, e instalado
na mesma data. A sede do município obteve foros de cidade em virtude da Lei nº
88 de 22 de junho de 1895.
Vista panorâmica da cidade
Referências
Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.
Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.
http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.
http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.
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