terça-feira, 31 de julho de 2012

Cabaceiras do Paraguaçu





A história do Município está lastreada na história do Poeta Castro Alves e de sua família. Por volta de 1840, o Tenente Coronel José Antônio da Silva, avô de Castro Alves, mandou construir uma fazenda na freguesia de Muritiba titulada de Fazenda Cabaceiras, nas terras que rodeavam a casa. Em 1843, veio morar na fazenda Dr. Antônio José Alves, doutor em medicina e D. Clélia Brasília da Silva Castro, dona de casa. Em 1847 neste local, nasceu Antônio Frederico  de Castro Alves, o Cecéu, como era chamado pela família e amigos do Poeta; era o segundo dos seis irmãos.
Com o passar dos anos, a feira de Cabaceiras foi atraindo compradores de outras regiões, fato que ajudou o povoado a crescer  passando à condição de Distrito em 1953, pela Lei Municipal nº 628, sancionada pelo Município de Muritiba, ao qual pertencia. A luta pela autonomia política da população cabaceirense durou aproximadamente 36 anos, quando o povoado de Cabaceiras se tornou distrito, até 13 de junho de 1989, quando através da Lei Municipal nº 5010 eleva-se à categoria de Município, conquistando a tão sonhada liberdade política.
Rio Paraguaçu
Fonte: Google Imagens.


Vista Panorâmica da Cidade
Fonte: Google Imagens.
Disponível em: http://www.portaljequie.com


Distando 141 km da capital, o município dispõe de uma área de 213.550 km², bem como uma altitude de 210 metros, correspondendo a latitude -12º 32’ 08” e longitude 39º 11’ 27”. Com um clima subúmido a seco, mantém sua economia baseada no plantio de culturas como feijão, milho, fumo, mandioca e amendoim. Possui um relevo Pediplano Sertanejo e Tabuleiros Interioranos. Na sua vegetação, há espécies de Caatinga de Floresta Estacional como também de Floresta Estacional Residual. Segundo o Censo do IBGE 2010, tem uma população de 17.327 pessoas residindo no município. Tem como Índice de Desenvolvimento Econômico valores fixos de 4960.17 e de Índice de Desenvolvimento Social de  4963.33.



Referências

Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.

Ubaíra



As culturas mais produzidas por este município são de cacau, banana, mandioca, café e maracujá, devido ao clima subúmido a seco e, em algumas partes, úmido. Distando 252 km de Salvador, numa altitude de 324 metros ao nível do mar, sua população é estimada em 19.750 pessoas (IBGE, 2010). Tem como Índice de Desenvolvimento Econômico valores fixos de 4985,61 e de Índice de Desenvolvimento Social de 4987,61.
 Caracteriza-se ainda por ter uma vegetação de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa, assim como um relevo formado de Serras Marginais e Tabuleiros Pré- Litorâneos. Suas coordenadas geográficas correspondem a latitude de -13º 16’ 05” e a longitude de 39º 39’ 46”.
A região era primitivamente habitada pelos índios mongoiós. O desbravamento do território iniciou-se no final do século XVII, quando Domingos de Souza Feio estabeleceu-se em sua sesmaria, formando a fazenda Pindoba. Um genro de Domingos Souza Feio levou a exploração além dos limites de sesmaria e fixou-se no local a que chamou Santa Inês. Em 1824, em virtude da seca que assolou a região, as famílias residentes em Santa Inês abandonaram o arraial e se estabeleceram no lugar Areia, fundando as fazendas Areia de Cima e Areia de Baixo.


Fonte: Google Imagens.
Disponível em: http://blogmarcosfrahm.com

Fonte: Google Imagens.
Disponível em: http://jrblogue.blogspot.com.br/

Em 1841, após as Santas Missões, o frei Antônio Spínola, iniciou a construção das capelas de São Vicente Ferrer, em Areia de Baixo e Santo Antônio, em Areia de Cima. A capela de São Vicente Ferrer foi elevada à freguesia, em 1847, com o nome de São Vicente Ferrer da Areia. Em virtude da decadência da vila de Jiquiriçá, transferiu-se a sede do município para o arraial de São Vicente Ferrer da Areia, em 1868, ficando assim criado o município. Em razão da elevação da vila à cidade, em 1891, simplificou-se o nome para Areia. Em 1943, passou a ser chamada de Ubaíra, significa “mel de paul”, em tupy.



Referências

Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.
Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.

Itatim



É um Município de clima semiárido, com vegetação composta de Caatinga Arbórea Densa, com palmeiras e, Floresta Estacional Decidual. Possui uma altitude de 260 metros ao nível do mar, representando a latitude de -12º 42’ 43” e a longitude 39º 41’ 53”, distando 213 Km da capital, Salvador. Sua população, segundo IBGE (2010), é de 14.522 pessoas numa extensão territorial de 574.259 Km². Tem como Índice de Desenvolvimento Econômico valores fixos de 4973,24 e de Índice de Desenvolvimento Social de 4991,74. A predominância de seus relevos é o tipo denominado Pediplano Sertanejo.



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Mantém-se economicamente à partir do plantio de feijão, milho, mandioca e sisal ou agave. O município de Itatim que significa em tupy guarani "pedra ponta aguda" por causa de um monte que se destaca, foi desmembrada do município de Santa Terezinha, e se chamava Tanquinho, pois existia um tanque na cidade. No dia 13 de junho de 1989, houve a emancipação política de Itatim através da Lei Estadual 5015. A população de Itatim foi aumentando gradativamente devido a construção da estrada de ferro que passa pelo centro da cidade e que servia para transportar passageiros. Atualmente, a estrada só transporta cargas.


Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

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Brejões



O município está localizado a 611 metros de altitude, correspondendo a latitude -13º 06’ 16” e longitude 39º 47’ 45”. Segundo o IBGE (2010), sua extensão territorial é de 481.292 Km² e sua população de 14. 282 habitantes. Tem como Índice de Desenvolvimento Econômico valores fixos de 4997,10 e de Índice de Desenvolvimento Social de 4978,25.
 O clima subúmido a seco proporciona o plantio de café, mandioca, sisal ou agave, maracujá e feijão, culturas que ajudam a manter a economia local. Sua vegetação é composta por Caatinga Arbórea Aberta, com palmeiras e Floresta Estacional Decidual. Já o seu relevo é formado de Planalto dos Geraizinhos e Serras Marginais.

Fonte: Google Imagens.

O povoamento do território iniciou-se no final do século XVII, quando Estévão Chaves e João Guerra estabeleceram-se à margem esquerda do rio Brejões, desenvolvendo a cultura do café. A fertilidade do solo atraiu novos colonos que ali se fixaram formando o povoado de Brejões. Em 1880, criou-se o distrito de Brejões subordinado ao município de Amargosa. O nome Brejões surge devido à existência de brejos (pântanos) na região. No decorrer de sua história, Brejões teve seu território desmembrado para formar o município de Nova Itarana, em 1962.


Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

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Mutuípe



Localizada no Vale do Jiquiriçá, a cidade possui uma população de 21.449 (IBGE, 2010) e sua economia baseada em culturas de cacau, mandioca, banana, feijão e milho. Numa altitude de 271 metros, dista 230 km de sua capital, Salvador, em latitude -13º 13’ 43” e longitude 39º 30’ 17”. Tem como Índice de Desenvolvimento Econômico valores fixos de 4996,05 e de Índice de Desenvolvimento Social de 5003,79. Possui clima úmido; vegetação Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Ainda dispõe de Serras Marginais e Tabuleiros Pré - Litorâneos, como relevo. Originou-se de uma aldeia de Índios Cariris, adquirida por Manuel João da Rocha, por volta do ano 1860, essa área passou a ser conhecida por fazenda Mutum, nome dado pela abundância dessa espécie de aves no local.
Fatores decisivos para o desenvolvimento local foram a fertilidade do solo que possibilitou o plantio de culturas de fumo, café e mandioca nas proximidades do rio Jiquiriçá, a cultura da cana-de-açúcar, criação de gado para atender a demanda do Recôncavo açucareiro, e principalmente a chegada da linha férrea em 1905, através dos trilhos da Train Road de Nazaré, no seu avanço para o sudoeste baiano chegando até Jequié.


Fonte: Acervo dos Autores.

A ferrovia possibilitou não só o transporte de pessoas mais também o escoamento da produção cafeeira do vale e a sua integração com as outras localidades e principais centros regionais. No dia 30 de Setembro de 1910 o Governador João Ferreira de Araújo Pinho, através da Lei Número 778 decretou a transferência da sede do Distrito de Paz do Riacho da Cruz para o povoado Mutum.
Com a criação do município de Jiquiriçá, o Distrito de Mutum ficou pertencendo a este Município. Depois de superar algumas dificuldades como a enchente do Rio Jiquiriçá (1914) e o surto epidêmico da varíola (1919) Vila Mutum começou a crescer, através do desenvolvimento da lavoura e do comércio sendo elevada da categoria de Vila do povoado Mutum para a denominação Mutuípe pelo Governador Marques de Gois Calmon, na conformidade da Lei Número 1882, de 26 de julho de 1926. Sua posse jurídica ocorreu em 12 de outubro de 1926.




Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

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Castro Alves



No início do século XVIII, a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das quais foi doada a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser tempos depois, o avô do poeta Antônio Frederico de Castro Alves (Castro Alves). O donatário em causa, para colonizá-la, procurou pessoas de recursos nos mais diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição de nelas iniciarem plantações, construírem moradias e currais.
Coube ao Capitão-Mor Antônio Brandão Pereira Marinho Falcão, participando das primeiras destas penetrações estabelecer a construção da casa-sede da Fazenda Curralinho, no local onde se ergueu a cidade, na nascente do Rio Jaguaripe, à margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana. Do desbravamento das matas coube investimentos na plantação de cana-de-açúcar, construções de engenhos e da criação de gado. Estabeleceu, assim, o aldeamento que era conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo.
Não foi fácil realizar a sua missão, pois ele teve que suportar grandes combates com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás, que assolavam a povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos gentios citados, no entanto, sabe-se, por tradição, que o seu último chefe Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista. Muito influiu no progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiros que viajavam de São Félix e de outras localidades do Recôncavo para as Minas do Rio das Contas e adjacências e Estado de Minas Gerais.
A capela existente na fazenda foi criada, pela Resolução provincial nº 1334 de 28 de junho de 1873, depois elevada à condição de freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Pela Lei provincial de nº 1987, de 26 de junho de 1880 foi o Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antônio de Araújo Aragão Bulcão, criou o Município de Curralinho, desmembrado de Cachoeira, e instalado na mesma data. A sede do município obteve foros de cidade em virtude da Lei nº 88 de 22 de junho de 1895.


Vista panorâmica da cidade




Distando 180 km de Salvador, o município ocupa uma extensão territorial de 762.981 km2 em latitude -12º 45’ 56” e longitude 39º 25’ 42” a 278 metros ao nível do mar. Em clima semiárido, subúmido a seco sua vegetação é classificada como floresta estacional e floresta estacional decidual. A presença de diatixitos, gnaisses charnockiticos e granitoides favoreceram a formação de relevos característicos de Pediplano sertanejo, tabuleiros interioranos e pré-litorâneos. Em suas plantações predominam o cultivo de mandioca, feijão, milho, laranja e amendoim. O IDE fica no rank 115, com valor calculado em 5006.01 em 2010 e o IDS fica na posição 153 do rank com o valor 5006.7 no mesmo período.



Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

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Laje



Segundo alguns antigos moradores da região, por volta de 1850, uma enchente que desviou o curso do Rio Jiquiriçá provocou total destruição de um pequeno povoado que já existia na sua margem direita. Os moradores do local reuniram-se e construíram uma capela sob a invocação de Nossa Senhora das Dores dando início, assim a um novo povoado, na margem esquerda do rio, um pouco mais abaixo da cachoeira do Estouro.
Em virtude da existência de enormes lajedos nas proximidades, o povoado foi  denominado de Nova Laje. A povoação progrediu com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro de Nazaré, em 1901, ampliando-se bastante o número de habitações em torno da Estação Ferroviária ali edificada. Laje foi elevada à categoria de município, pela Lei Estadual n.º 595, de 20 de julho de 1905, desmembrado de Aratuípe. Sediada na antiga povoação de Nova Laje, constituído do distrito sede. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede. Pelo Decreto Estadual n.º 8.296, de 07 de fevereiro de 1933, foram criados os distritos de Capão e Engenheiro Pontes e anexados ao município de Laje. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de três distritos: Laje, Capão e Engenheiro Pontes.







Localizada nas latitudes -13º 10’ 56” e longitude 39º 25’ 30” com altitude de 190 metros ao nível do mar, numa distância de 217 km de Salvador, possui uma faixa territorial que compreende 498.089 km2. Em clima semiárido, subúmido a seco úmido sua vegetação é basicamente composta de espécies com características de Floresta Ombrófila densa com resquícios de Mata Atlântica. A geologia compreende rochas intermediárias básicas, depósitos eluvionares e coluvionares, gnaisses granulíticos e granitóides. O relevo é característico de tabuleiros pré-litorâneos e interioranos, essas feições de relevos somados as condições climáticas favorecem o cultivo de cacau, banana, milho e maracujá que representam a cultura agrícola do município.  Com IDE na faixa de 4984.65 ocupa o rank 231, no Índice Social fica no rank 275 com valores fixos em 4974.83.




Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

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Muritiba



Exploradores portugueses e jesuítas, que em 1559 atingiram as regiões de Cachoeira e São Félix, escalando a Serra que margeia o Paraguaçu, alcançaram o planalto e fundaram uma povoação, iniciando-se com a construção de dois templos e conventos, cujas ruínas ainda existem nas Fazendas São Pedro Velho e Fumal, nas proximidades da cidade de Muritiba. Tendo sido o Arraial de Cachoeira inaugurado por ordem de D. Antônio Barreiras, em 1575, o escritor Muritibano Anfilófio de Castro, em seu livro História e Estrelas de Muritiba, opina que esta povoação tenha sido contemporânea da Cidade Heróica. Um dos estabelecimentos religiosos acima aludidos teria sido uma Casa de Misericórdia, o que se conclui pelo nome dado à estrada que vai de São Félix àquele local conhecido como Ladeira da Misericórdia. Quanto ao destino dessas instituições, correm duas versões a respeito: a primeira é a de que as construções não tenham chegado ao fim, e a segunda a de que foram concluídas, sendo arrasadas em 1624 pela sanha destruidora dos invasores holandeses. Em 1640, inaugurou-se o novo templo dedicado a São Pedro, no local em que hoje se encontra a atual Igreja Matriz de Muritiba.
Nas divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 1937, como também no quadro anexo ao Decreto Lei Estadual de nº 10724 de 30 de março de 1938 o município de Muritiba subdivide-se em 04 Distritos: Muritiba, São José do Aporá (hoje Itaporan), Cabeças (hoje emancipado, com a denominação de Governador Mangabeira) e Santo Antônio do Jordão (hoje Geolândia). A situação permaneceu inalterada até que a Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953 criou mais um Distrito, o de Cabaceiras do Paraguaçu, onde, em 14 de março de 1847. Em 1962, se deu o desmembramento de Governador Mangabeira e em 1989, o desmembramento de Cabaceiras do Paraguaçu, ficando atualmente com 02 Distritos: Muritiba e São José do Itaporã.



                                           Fonte: http://www.guiabr.net/ba/muritiba.php

Com extensão territorial de 110.562 Km², tal município se situa segundo as seguintes coordenadas geográficas: latitude -12º 37’ 35’’ e longitude 38º 59’ 24’’.  Localiza-se à116 Km de distância da capital. Seu clima varia do úmido ao subúmido resultando uma vegetação de floresta decidual e semi-decidual. Dentre as principais culturas, se destacam a laranja, mandioca, limão, feijão e milho. Seu  Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE) é de 499.87, enquanto o índice de Desenvolvimento Social  (IDS) é de 5016.56.




Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

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Nazaré



Até o ano de 1561, data em que o bispo D. Pedro Leitão fez a primeira visita pastoral ao interior da Bahia, nada se sabia sobre o povoamento da bacia do Jaguaripe. Apesar de já existir a aldeia de Santo Antônio dos Índios de Jaguaripe, o povoamento da região só se iniciou, em 1563, com colonizadores portugueses. Entre os quais, Antônio Ribeiro (dono de sesmaria concedida por Mem de Sá), Gabriel Soares, Diogo Sande e Fernão Cabral de Ataíde.
Este, provavelmente o primeiro a penetrar no território do atual Município de Nazaré, estabeleceu, no local onde hoje está o bairro da Condição, um engenho, aldeando índios e negros em torno da igreja que construiu. Por volta de 1585, era acentuado o desenvolvimento do núcleo populacional, graças à atividade de Fernão Cabral. Segundo frei Vicente do Salvador, a fama desse colonizador era tão grande que o governo de Manuel Teles de Menezes o encarregou do Engenho Jaciru, da defesa dos habitantes da Capitania do Ilhéus, invadida pelos Aimorés.
Tendo permitido a prática da seita denominada santidade, foi Fernão Cabral condenado á sentença misericordiosa: dois anos de desterro fora do Brasil. Supõe-se que este fato teria contribuído para a decadência da povoação. Ao tempo em que o povoado da margem esquerda entrava em decadência, o da margem oposta crescia, em torno da igreja construída em 1649 por Antônio Brito em sua fazenda de Nazaré do Jaguaripe. Fato curioso na história do município é a designação que Ihe deram, em face do desenvolvimento de sua indústria agrícola de produção de farinha - Nazaré das Farinhas.
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora de Nazaré, em 1753, elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora de Nazaré, pelo Decreto de 25 de outubro de 1831, desmembrado do município de Jaguaribe. Sede na antiga povoação de Nazaré das Farinhas, constituído do distrito e Instalado em 15-10-1832. Elevado à categoria de município com a denominação de Nazaré, pela Lei Provincial n.º 368, de 10-11-1849. Pelo Decreto Estadual n.º 11.089, de 30-11-1938, o distrito de Rio Fundo tomou a denominação de Muniz Ferreira. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de três distritos: Nazaré, Onha e Muniz Ferreira (ex-Rio Fundo). Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31-12-1943, Nazaré adquiriu o extinto território do município de Aratuípe, como simples distrito.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de cinco distritos: Nazaré, Aratuípe, Maragogipinho, Muniz Ferreira (ex-Rio Fundo). Pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 01-06-1944, desmembra do município de Nazaré os distritos de Aratuípe e Maragogipinho, para constituir o município de Aratuípe. Em divisão territorial datada de 01-07-1950, o município é constituído de três distritos: Nazaré, Onha e Muniz Ferreira. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960. Pela Lei Estadual n.º 1.770, de 30-07-1962, desmembra do município de Nazaré os distritos Muniz Ferreira e Onha, para constituir o novo município de Muniz Ferreira. Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído do distrito sede.



Com uma população em torno de 27.274 habitantes tem uma densidade demográfica de 107,47 com uma área territorial de 256.352 km2. Distando 186 km da capital está localizada na latitude -13º 02’ 06” e longitude de 39º 00’ 52” numa altitude de 39 metros. Seu IDE está no rank 51 com valor em 5029.59, já o IDS representado pelo valor 5060.24 coloca no rank 52. Sua produção agrícola baseia-se na plantação de mandioca, cana-de-açúcar, banana e dendê. Com um clima subúmido em seus relevos predominam baixadas litorâneas, tabuleiros do Recôncavo e pré-litorâneos.



Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

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Amargosa



Amargosa era de domínio dos índios Kariris e perdurou até metade o século XIX, período no qual foram massacrados pelos colonizadores. Foi a partir de 1840 que começou a se formar o povoado com as famílias de Gonçalo Correia Caldas e Francisco José da Silva Moreira ao redor de uma capelinha construída por eles. Amargosa era então um ponto de troca comercial com o sertão e devido o crescimento significativo do povoado somado ao sucesso no plantio de fumo e café, foi instalada a vila de Nossa Senhora do Bom Conselho das Amargosas, a partir de 02 de julho de 1891, essa mesma vila foi elevada à categoria de cidade.
É interessante destacar a importância do processo de imigração para a constituição da cultura de Amargosa. A cidade apresenta construções de origem portuguesa, espanhola e italiana. Muitos afrodescendentes fazem parte dessa formação cultural, sendo que a maioria deles vieram na condição de escravos e percebe-se que os sinais estão em todas as partes como na religiosidade, danças, ritmos musicais, culinária, dentre outros.
 Do ponto de vista administrativo, seu distrito foi concebido como Amargosa a partir da resolução nº 574, de 30/06/1855 e elevado à condição de Vila em 1877, desmembrando de Tapera, até então distrito sede. Foi também criado o distrito de tartaruga em 1881 que por sua vez foi anexado ao município de Amargosa.  E finalmente foi elevada à condição de cidade em 1891. Em 1920, o município se constituía por sete distritos: Amargosa, Brejões Corta Mão, Ribeirão, Tartaruga e Veados. Pelo decreto estadual nº 8622 em 01 setembro de 1933, é criado o distrito de São Roque e anexado ao município de Amargosa. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de cinco distritos: Amargosa, Corrente, Corta Mão, São Roque e Tartaruga.
Pela lei estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953, é criado o distrito de Nossa Senhora dos Milagres (ex-povoado de Milagres), com terras desmembradas do distrito de Tartaruga e anexado ao município de Amargosa. Em divisão territorial datada de 01 de julho de 1955, o município é constituído de seis distritos: Amargosa, Corta Mão, Diógenes Sampaio, Itachama, Nossa Senhora dos Milagres e Tartaruga. Pela lei estadual nº 1589, de 22 de dezembro de1961, desmembra-se do município de Amargosa os distritos de Nossa Senhora dos Milagres e Tartaruga, para constituírem o novo município de Milagres (ex-Nossa Senhora dos Milagres). Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de quatro distritos: Amargosa, Corta Mão, Diógenes Sampaio e Itachama. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.



                                         
Fonte: http://desciclopedia.ws/wiki/Amargosahttp://desciclopedia.ws/wiki/Amargosa

Esse município se situa numa altitude de 400 metros acima do nível do mar, compreendendo a latitude -13º 01’ 49’’ e a longitude 39º 36’ 17’’ e com extensão territorial de 435,932 Km². O relevo do município se constitui por serras marginais em consonância com os tabuleiros pré-litorâneos e sua vegetação se caracteriza pela predominância de floresta decidual e semi-decidual com clima mediando do úmido ao seco. Dentre os cultivos agrícolas do referido município, os principais são a mandioca, café banana, cana-de-açúcar e castanha de caju. Seu  Índice de Desenvolvimento (IDE) Econômico é de 5017.28, enquanto o índice de Desenvolvimento Social (IDS) é de 5019.55.




Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.


Maragojipe




Foi habitada inicialmente por uma tribo indígena destemida e laboriosa denominada “Marag- gyp”, que significa “braços invencíveis”. Os habitantes da aldeia manejavam habilmente o arco e a flecha, o que de fato com simples golpes se faziam guerreiros. Mais ou menos em 1520 alguns exploradores, conhecendo a acessibilidade do porto e vislumbrados com as encantadoras florestas da região, resolveram fixar suas residências nas proximidades. O povoamento iniciado pelos portugueses contou com a extração de madeiras nativas, plantação de cana-de-açúcar, construção de engenhos, plantação de mandioca e implantação de casas de farinha. Localizada na sesmaria de Paraguaçu (Paroaçu) doada a D. Álvaro da Costa em 16 de janeiro de 1557, foi confirmada por Alvará Régio em 12 de março de 1562.
Elevou-se à categoria de capitania pelo Cardeal regente D. Henrique em 1565. Mais tarde, por volta do ano 1571, quando registrada em Lisboa em 23 de agosto foi considerada sua principal localidade. Foi erguida ali uma capela dedicada a São Bartolomeu que em 1640 condicionou sua elevação à categoria de freguesia, com denominação de São Bartolomeu de Maragogipe. Formada pelos distritos de Maragogipe, Magé, Coqueiros, Caveira e Capanema, foi elevado à categoria de cidade pela Lei provincial nº 389, em maio de 1850. A lei de composição administrativa em vigor, Lei nº 628 de 30 de dezembro de 1953, considera seis distritos: Maragogipe, Coqueiros, Guaí, Gaupira, Najé e São Roque do Paraguaçu.

Vistas da cidade





  




    

É um município com potencial para o desenvolvimento de atividades turísticas rurais, ecológico e até náutico destacado pela presença de ponte de atracação para embarcações de grande porte. Localizada no fundo da Baía de Todos os Santos, fica no ponto de encontro do Rio Paraguaçu com o rio Iguaí, formando uma baía interna conhecida como Baía do Iguape. A abundância de águas favoreceu o deslocamento de embarcações à vela, canoas, saveiros etc., que transportavam mercadorias no interior da Baía de todos os Santos.  Uma característica particular a Maragogipe é a realização da festa de São Bartolomeu, o padroeiro da cidade, no mês de agosto, que reúne milhares de pessoas das cidades circunvizinhas e turistas de várias origens. Desde 2007 o carnaval realizado na cidade, que carrega características das festas similares que ocorriam na Europa, foi considerado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) como patrimônio imaterial da Bahia. 
É um município que possui relevos de planícies marinhas e fluviomarinha, tabuleiros pré-litorâneos e interioranos, num clima úmido à subúmido. A 134 km de Salvador encontra-se numa altitude de 39 metros, latitude igual a -12º 46’ 40” e extensão territorial de 436.072 km2. Com uma densidade demográfica de 97,27 hab./km2 sua população é de 42.815 de acordo com o IBGE 2010. Com IDE 4994.65 sua posição é de 163 no rank baiano. Encontra-se na posição 259 no rank que corresponde ao IDS com valor de 4977.87 para o município. Entre seus cultivares, prevalece as plantações de mandioca, amendoim, batata-doce, laranja e banana.




Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.









Cachoeira




Localizada em terras propícias ao plantio de cana-de-açúcar e outras culturas que dinamizaram a economia do Recôncavo foi criada com o nome Freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira em 1698. A cidade até hoje conserva a identidade cultural que contribuiu para o seu tombamento como “Cidade Monumento Nacional”, em 1971 pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) e, por isso atrai milhões de turistas curiosos a respeito da história do Recôncavo Baiano.
O porto existente na cidade entre o século XVIII e XIX contribuiu imensamente para a dinamização da economia devido o escoamento da produção agrícola de toda a região, principalmente de cana-de açúcar e fumo que ainda hoje são grandes produtores. No início do século XX, sua economia entrou em declínio recuperando-se no final do mesmo século após a implantação de inúmeras outras empresas. A diversidade cultural oriunda da integração de africanos, afrodescendentes com europeus de várias nacionalidades proporcionou a riqueza cultural do município.  Pioneira no movimento de libertação brasileira, insurreições e revoltas contra a opressão lusitana suscitaram no município. Em virtude de seus feitos foi sede do Governo Provisório do Brasil durante o processo de Independência, em 1822 e mais tarde durante a revolta da sabinada em 1837.


Vista panorâmica da cidade


Fonte: Google Imagens.

A marginalização do seu porto devido à decadência da indústria fumageira e da reestruturação do sistema viário estadual provocou uma grande crise que se prolongou a partir da década de 1940 com a decadência e fechamento de inúmeras fábricas. O transporte fluvial que exercia grande importância para o desenvolvimento do município foi substituído pelo transporte rodoviário, desta forma, cedeu lugar à hegemonia de outros centros urbanos.
Numa altitude de 5 metros ao nível do mar corresponde a latitude -12º 37’ 06” e longitude 38º 57’ 21” com uma extensão territorial de 398.472 km2. O município tem o valor 5026.35 para representar o IDE e se encontra na posição 55, sendo que ocupa o rank 25 em IDS que corresponde ao valor 5092.76. Com uma população em torno de 32.026 sua densidade demográfica é de 81,04 hab/km2. Sua distância da capital é de 111 km e seu clima vai de úmido a subúmido, com relevos de baixada litorânea, tabuleiros interioranos e pré-litorâneos. Sua cultura baseia-se na plantação de cana-de açúcar, mandioca, dendê, cacau e feijão.







Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.