terça-feira, 31 de julho de 2012

Castro Alves



No início do século XVIII, a Sesmaria do Aporá foi desmembrada em duas, uma das quais foi doada a João Evangelista de Castro Tanajura, que veio a ser tempos depois, o avô do poeta Antônio Frederico de Castro Alves (Castro Alves). O donatário em causa, para colonizá-la, procurou pessoas de recursos nos mais diversos lugares distribuindo-lhes terras do seu vasto domínio, com a condição de nelas iniciarem plantações, construírem moradias e currais.
Coube ao Capitão-Mor Antônio Brandão Pereira Marinho Falcão, participando das primeiras destas penetrações estabelecer a construção da casa-sede da Fazenda Curralinho, no local onde se ergueu a cidade, na nascente do Rio Jaguaripe, à margem da Estrada das Boiadas de Minas Gerais para Feira de Santana. Do desbravamento das matas coube investimentos na plantação de cana-de-açúcar, construções de engenhos e da criação de gado. Estabeleceu, assim, o aldeamento que era conhecido como Curralinho, nome que perdurou por bom tempo.
Não foi fácil realizar a sua missão, pois ele teve que suportar grandes combates com os índios Sabujas e Cariris, descendentes dos Tupinambás, que assolavam a povoação nascente e circunvizinhanças. Não há certeza do desaparecimento dos gentios citados, no entanto, sabe-se, por tradição, que o seu último chefe Baitinga dirigiu-se para as matas da zona de Conquista. Muito influiu no progresso do povoamento o fato de ser pouso obrigatório de tropeiros que viajavam de São Félix e de outras localidades do Recôncavo para as Minas do Rio das Contas e adjacências e Estado de Minas Gerais.
A capela existente na fazenda foi criada, pela Resolução provincial nº 1334 de 28 de junho de 1873, depois elevada à condição de freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho. Pela Lei provincial de nº 1987, de 26 de junho de 1880 foi o Arraial de Nossa Senhora de Curralinho elevado à categoria de Vila. Essa mesma lei, assinada pelo Bel Antônio de Araújo Aragão Bulcão, criou o Município de Curralinho, desmembrado de Cachoeira, e instalado na mesma data. A sede do município obteve foros de cidade em virtude da Lei nº 88 de 22 de junho de 1895.


Vista panorâmica da cidade




Distando 180 km de Salvador, o município ocupa uma extensão territorial de 762.981 km2 em latitude -12º 45’ 56” e longitude 39º 25’ 42” a 278 metros ao nível do mar. Em clima semiárido, subúmido a seco sua vegetação é classificada como floresta estacional e floresta estacional decidual. A presença de diatixitos, gnaisses charnockiticos e granitoides favoreceram a formação de relevos característicos de Pediplano sertanejo, tabuleiros interioranos e pré-litorâneos. Em suas plantações predominam o cultivo de mandioca, feijão, milho, laranja e amendoim. O IDE fica no rank 115, com valor calculado em 5006.01 em 2010 e o IDS fica na posição 153 do rank com o valor 5006.7 no mesmo período.



Referências


Anuário da SEI. Regiões econômicas do Estado da Bahia. In: Índices de desenvolvimento econômico e social dos municípios Baianos: 1998. Salvador: SEI, 2002. vol. 2.

Secretaria da Cultura. Panorama cultural da Bahia. Superintendência de Estudos econômicos e sociais da Bahia. Salvador: SEI, 2012.

http://www.sei.ba.gov.br/ Acessado em 20 de julho de 2012 às 21:30.

http://www.ibge.gov.br/home/ Acessado em 15 de julho de 2012 às 16:20.


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